Tudo mudou nos últimos meses, nos hábitos e nas rotinas. Não só das pessoas, mas também das marcas mudaram e reagiram de forma evidente e focada neste novo estado de isolamento provocado pelo Covid-19.

Alteraram-se e adaptaram-se processos internos, como por exemplo ao nível do trabalho remoto.

Mas muitas marcas aproveitaram também a sua comunicação para apoiar a vertente da consciencialização da sociedade, o #stayhome, o distanciamento social.

Estratégias de Comunicação

As estratégias de comunicação mudaram rapidamente e nas Redes Sociais seguiram-se, quase todos com a mesma linha comum, posts e alterações provisórias de logótipos, com o apelo a que todos fiquem em casa.

O mote da comunicação é simples e direto, dando à expressão “todos diferentes, todos iguais” o seu verdadeiro valor.

Estes são apenas alguns exemplos dos conteúdos que tomaram conta das Redes Sociais nos últimos tempos:

Outros exemplos, foram as marcas Sumol e Renova que no Facebook davam destaque ao símbolo do arco íris, uma imagem que está a marca este período com o significado de que vai tudo ficar bem.

Também a marca Audi e Sagres se juntaram ao movimento, promovendo na sua comunicação a ação do distanciamento social.

Na comunicação das marcas foram também incluídos elogios aos colaboradores que se mantém no ativo nesta fase de isolamento, garantindo que os serviços e produtos essenciais ao país nunca falhem. Esta não só é uma forma de valorizar e reconhecer o esforço da equipa, como também uma forma de criar maior relacionamento entre a marca e o consumidor.

Ação Social

Numa altura em que ninguém pode ficar indiferente, onde as necessidades das entidades que estão na “linha da frente” são sentidas e ouvidas, também aqui as marcas reagiram!

Aliado ao produto ou serviço comercializado, ou apenas por investimento próprio, muitas empresas assumiram o seu papel e marcaram presença com inúmeras doações de materiais, EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) e outros. Este é por o exemplo o caso do NorteShopping que apoiou o Hospital Pedro Hispano, no Porto, com câmaras de vigilância para facilitar a supervisão de doentes com Covid-19.

Seguiu-se também uma onda crescente de projetos solidários, no âmbito das situações provocadas pelo COVID-19, onde muitas marcas se associaram para apoiar ou colaborar.

Este é o exemplo da Fundação Galp, que se associou ao projeto “Camião Esperança” que percorre o país para facilitar a realização diária de testes de Covid-19 no interior do país. Com o mesmo âmbito a Microsoft disponibilizou uma solução de Monitorização de Resposta a Emergências, que pretende ajudar os profissionais de saúde a gerir da melhor forma os seus recursos.

O envolvimento das marcas é de tal forma que esta onda de solidariedade é apreciada, reconhecida e comunicada oficialmente por marcas terceiras. A Rádio Comercial criou assim um espaço próprio no seu website onde enumera diferentes iniciativas, de pequenas a grandes empresas, que pretendem ajudar ou facilitar diferentes aspetos do quotidiano em virtude desta situação:

• Alimentos ou Refeições gratuitas para profissionais de saúde, bombeiros, Cruz vermelha, IPSS;
• Oferta de materiais de apoio médico, produção de viseiras, gel desinfetante entre muitos outros.

As ações de solidariedade não ficam por aqui.

Os projetos de solidariedade crescem de dia para dia e cada vez mais marcas dão a cara e se associam a projetos como por exemplo SOS Vizinho, Vejo em casa, Famalicão ON.

E porque os negócios também são solidários uns com os outros, criaram-se movimentos que pretendem apoiar as marcas mais pequenas ou em maior dificuldade neste cenário.

O Movimento tech4Covid19, é um movimento que reúne a comunidade tecnológica para mitigar situações provocadas pela pandemia, com a finalidade de criar soluções e oportunidades que façam a diferença no mercado, nas mais variadas áreas:

• Apoio a Profissionais de saúde e material hospitalar
• Serviços de Saúde e Educação
• Negócios e Lazer

O Juntos Voltamos Já é também um projeto de solidariedade entre negócios, mas direcionados à área da restauração, uma das áreas mais afetadas por esta crise. Neste projeto é possível comprar vales de compra para usar no futuro, desta forma pretendem garantir que os locais mantenham alguma receita de forma a manter a sua viabilidade para estarem no ativo quando a situação normalizar.

Estratégias de Negócio

Os negócios não podem parar, por isso mesmo foi necessário reinventar e ajustar as ofertas para que, desta forma, as marcas ainda possam chegar aos seus consumidores.

Assistimos à conversão rápida dos negócios para o online, à criação de novos canais de distribuição, de novas formas de entregar os produtos aos seus clientes. Precipitando assim a transformação digital de muitos negócios.

As marcas apostaram na criação de novas formas de consumo, com novos hashtags de apelo ao consumo em isolamento (Exemplo da Marca Continente: #Rotinadeimproviso #emcasa …), anulamento ou redução nos mínimos de portes de envio, e na disponibilização de novos pontos de contato.

E claro, há também marcas que inovam para ajudar. Este é o caso das Stay Home Socks, as meias solidárias portuguesas, da marca portuguesa SOCKAPRO, que apoiam o sistema nacional de saúde na compra de EPI’s.

Muito se tem feito para tentar manter alguma estabilidade no mercado, e o esforço das marcas é evidente. De uma forma ou de outra, todas tentam apoiar os seus consumidores, os seus parceiros ou demais marcas, para que juntos seja mais fácil.

O que podem as marcas esperar no futuro?

Ninguém tem esta resposta, no entanto, é já possível ter uma ideia sobre o que estas mudanças vão provocar ao consumidor no pós-covid.

• A contenção e incerteza na procura, tendo em conta os aspetos de segurança e possíveis futuras necessidades de isolamento;
• O consumo digital, lazer virtual, entregas ao domicílio, tele-trabalho assumiram-se como prática mais regular;
• A crescente preocupação pelo ambiente, pela sustentabilidade, pela saúde pessoal o que leva à procura de outro tipo de produtos de consumo;
• Um consumidor ainda mais exigente, com preferência por marcas que se tornem verdadeiramente úteis, transparentes, preocupadas, à semelhança daquilo que têm demonstrado durante este período de pandemia;
• O bem-estar, pessoal ou coletivo, deverá ser prioridade nos próximos tempos seguintes ao isolamento.

Prepare a sua marca, mesmo desconhecendo ao certo o futuro. Aposte em facilitar processos, permitindo inovar rapidamente e desta forma poderá mais rapidamente responder a qualquer necessidade do mercado.

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