O desenvolvimento da marca é uma ambição constante para os seus criadores. A estagnação é um dos seus piores inimigos e cada vez se torna mais necessário uma evolução constante no que uma marca representa.

Com esta problemática, foram criadas diversas estratégias de marketing de forma a permitir que as marcas continuassem vivas e relevantes para o seu público-alvo.

O Co-Branding, ou aliança de marca, é uma dessas estratégias mais populares. Neste artigo vamos explorar as vantagens e desvantagens do Co-Branding e alguns casos onde a sua implementação foi um sucesso.

A Definição de Co-Branding

Não existe uma definição oficial para esta estratégia que potencializa o desenvolvimento das marcas, pelo que são várias as formas como marketers e especialistas caracterizam esta parceria tática entre marcas.

No fundo, a ideia do Co-Branding passa pela colaboração entre duas ou mais marcas na criação de algo, de forma a obter resultados superiores a uma campanha individual.

No entanto, no planeamento necessário para a realização de uma campanha de Co-Branding, as marcas devem ter em especial atenção a escolha do seu futuro parceiro. Esta avaliação deve ser adequada ao produto que se vai desenvolver, escolhendo o “fit” que mais se enquadra com a situação.

As Vantagens e Desvantagens

Como qualquer outra estratégia de marketing, o Co-Branding apresenta pontos fortes a favor da sua implementação, mas também alguns riscos associados.

O principal objetivo de uma marca ao querer desenvolver um novo produto com outra empresa, para além de aumentar o seu portfólio, é melhorar a sua imagem.

Ao associar-se com uma outra marca forte no mercado, pode melhorar a percepção do público em relação à sua marca e aumentar o valor das suas campanhas.

Uma outra vantagem deste tipo de estratégia é a constante troca de conhecimento, tecnologia e contactos entre as duas empresas. Neste tipo de desenvolvimentos, o trabalho é feito em equipa, tornando-se numa ocasião especial para a troca de recursos e, por vezes ainda mais importante, a partilha e distribuição dos gastos pelos dois participantes na parceria.

No entanto, nem sempre estas conexões conseguem obter o desempenho desejado. Por vezes o planeamento falha, quer seja na escolha da marca selecionada para a parceria, ou na receção do público que não foi a antecipada.

A parceria entre as marcas, bem como o novo produto concebido, devem ser facilmente identificados e fazer sentido para o público de ambas as empresas. Se isto não acontece, a imagem dos dois parceiros poderá ficar manchada e a campanha gerar prejuízo.

Por fim, a conexão entre empresas gera alguma vulnerabilidade, no sentido em que se uma das partes acaba por se envolver numa polémica ou problemas financeiros, a parceria num todo é afetada, sem hipótese para a outra empresa sair “ilesa” desta situação.

Quando o Co-Branding resulta

Até ao momento uma grande quantidade de parcerias de enorme sucesso foram criadas. Aliás, certos produtos que “nasceram” graças ao Co-Branding, ainda trazerem uma grande reputação às marcas envolvidas, e obviamente, retorno sobre o investimento feito.

Aqui estão alguns exemplos de Co-Branding bem feito.

Adidas x Yeezy

A colaboração entre a Adidas e o artista Kanye West pode ser considerada um dos melhores exemplos de Co-Branding já realizados. A marca pessoal do artista americano, “Yeezy”, conseguiu não só o apoio de uma das maiores empresas no mundo do streetwear e desporto, como ao mesmo tempo retribuiu com enorme sucesso um buzz gigante para a Adidas.

BMW e Louis Vuitton

À primeira vista esta parceria pode não parecer adequada e não fazer sentido para ambas as marcas. No entanto, se pensarmos nos valores que as marcas partilham, este exemplo de Co-Branding ganha o seu devido valor. Para a promoção do seu novo modelo desportivo BMW i8, a marca alemã juntou-se à luxuosa marca de acessórios e moda, Louis Vuitton. As marcas aliaram ao carro, um set exclusivo de malas desenhadas especificamente para esta parceria.

Rick & Morty e Pringles 

A marca de snacks Pringles aliou-se ao cartoon Rick & Morty para criar um produto de edição limitada. As marcas uniram-se para lançar as Pringles com sabor a pickles, inspirado na famosa personagem Pickle Rick.

Claramente o Co-Branding pode ser uma boa estratégia para atingir novos públicos, gerar notoriedade e partilhar custos de marketing. Esta pode ser um excelente forma de pôr a sua empresa no radar de um público semelhante ao seu.