Escolher um arquétipo para a tua marca é uma forma simples de lhe dar uma personalidade distinta – e de facilitar o teu trabalho de “entrar na personagem”.

Mas, o que importa saber, é: como se faz a escolha certa?

E, por isso, este artigo vai ajudar-te a fazer essa escolha, com instruções práticas e algumas dicas para desbloquear o processo para definires a tua brand persona.

Este é um artigo completo sobre o tema. Como tal, poderás saber:

Introduções feitas, vamos desenvolver o tema.

O que é um arquétipo de marca?

Foram criados por Carl Jung, psiquiatra e psicoterapeuta, os arquétipos de marca compartimentam e organizam as principais motivações básicas do ser humano e adaptam-nas para dar uma base à personalidade de uma marca.

Falamos de motivações como valores, premissas, traços de personalidade e crenças gerais.

Como deves calcular, estes arquétipos foram criadas para definir os tipos de personalidades mais comuns nas pessoas.

Mas, com o tempo, percebeu-se o potencial deste modelo para o mundo das marcas. Porque, na realidade, quem trabalha com marcas pretende que estas se assemelhem o máximo possível a pessoas – já que pessoas conectam-se com pessoas.

E, neste aspeto, os arquétipos vieram ajudar a trazer essa humanidade – e a que as marca tivessem um propósito diferente do que simplesmente vender.

Existem 12 arquétipos de marca

E estes estão divididos em 4 quadrantes: Regra, Liberdade, Ego e Social e, estes quadrantes unem arquétipos semelhantes nas suas vontades e desejos e são eles:

  • Regra: Dar Estrutura – une os arquétipos Cuidador, Governante e Criador
  • Liberdade: Procura Espiritual – une o Inocente, Sábio e Explorador
  • Ego: Deixar Uma Marca – Rebelde, Mago e Herói
  • Social: Conectar-se Com As Pessoas – Amante, Comediante e Comum
Imagem com um gráfico circular contendo os doze tipos de arquétipos de marca diferentes.

Dar Estrutura

Cuidador

O Cuidador vive para dar.

É motivado pela empatia, pelo desejo de cuidar dos outros e de promover uma vida melhor.

Servir: este é o propósito das marcas deste arquétipo.

Governante

O Governante é dominante. Por isso, procura poder e controlo.

As marcas deste arquétipo são excecionalmente confiantes, orgulhosas da sua experiência – são líderes nato.

Neste caso, ele dá a sua estrutura controlando todos os aspetos.

Criador

Inovação é a forma como as marcas do arquétipo Criador dá a estrutura.

Procurando encontrar novas formas de resolver os problemas da sua audiência, estas marcas confiam sempre na sua visão e experiência.

Estar a criar é uma constância para este arquétipo, mas não são deleixados: aliás, são perfecionistas e têm uma preocupação extrema em que tudo o que criam seja único e memorável.

Procura Espiritual

Inocente

Se a sua marca fosse uma pessoa, seria alguém que vê a felicidade nas pequenas coisas? Então enquadra-se perfeitamente no arquétipo Inocente.

A comunicação da sua marca deverá transparecer, sobretudo, que as melhores solução podem ser encontradas e alcançadas de forma descomplicada.

É pura, tranquila e muita generosa. Esta procura a sua espiritualidade através da segurança.

Sábio

O Sábio baseia a sua busca pela espiritualidade no conhecimento, já que “A verdade liberta”. Se a sua marca está ligada a áreas de conhecimento ou partilha conhecimento, poderá ser este o arquétipo indicado.

Deve transparecer, sobretudo, que a procura pela verdade não é uma escolha – é uma obrigação.

O objetivo não é mudar o mundo sozinha, mas a marca deverá difundir o seu conhecimento e capacitar outros a mudar o mundo.

Explorador

A sua marca é independente, irreverente e valoriza a liberdade? Então provavelmente é uma Exploradora. Quer ter novas experiências e explorar novos horizontes. E não tem medo do desconhecido.

Além disto, a palavra “rotina” é um não fincando: há que quebrar barreiras à vida quotidiana.

Deixar uma marca

Rebelde

Inquieto, irreverente, revolucionário: marcas do arquétipo Rebelde desafiam o sistema.

Correr risco para inovar não as apavora e colocam-no em prática sobretudo para salvaguardar os seus valores.

Mago

As marcas deste arquétipo acreditam que o mundo pode ser mágico.

A sua diferença no mundo é deixada através do poder da magia, que torna tudo possível.

Marcas com este arquétipo transportam o seu público numa viagem pelo imaginário sem limites.

Herói

O Herói procura resolver os problemas. O que define marcas deste arquétipo é a coragem, determinação e maestria.

Estas marcas facilitam tudo da sua audiência – com autodisciplina e trabalho árduo.

Qual o seu foco? Procurar a excelência. Querem mudar o mundo encarando qualquer desafio que lhe seja proposto.

Conectar-se com as pessoas

Amante

O Amante é apaixonado e motivado pelo desejo. Estando no quadrante de Conectar-se Com As Pessoas, procura essa conexão através da intimidade.

As marcas ligadas a este arquétipo quadradas neste arquétipos com a empatia ligada à sensualidade e elegância.

Comediante

Trazer felicidade – este é objetivo das marcas Comediante.

As marcas deste arquétipo preocupam-se em tornar a vida leve e despreocupada. Através do prazer de uma boa gargalhada conectam-se com a sua audiência.

Comum

Acessível, despretensioso e com o qual te identificas facilmente: este é o arquétipo Comum.

Marcas deste arquétipo fazem parte do grupo e da sociedade, misturam-se com as pessoas e a sua rotina quotidiana. São a representação da praticidade do dia a dia, a acessibilidade para todos e conectam-se com as pessoas pela defesa da igualdade.

Aqui podes assistir ao vídeo do passo Brand Personas da framework SHARE e descarregar um recurso com todos os arquétipos de marca que podes ter ao teu lado para te ajudar a definires o teu.

Como posso escolher o arquétipo para a minha marca?

Primeiro, precisas analisar o estado inicial da tua marca

Isto porque:

  • Tens de perceber como a concorrência está a comunicar;
  • Tens de saber o estado atual da sua marca, em especial como ela está a comunicar no momento.
  • Precisas conhecer muito bem o seu público, estabelecendo as personas com as quais vai comunicar. Não vais querer adotar um arquétipo Rebelde se o público da tua marca valoriza demasiado o controlo e as regras.

Sabendo isto, já podes escolher o arquétipo

E para escolheres o melhor arquétipo para a tua marca, deves olhar para toda a informação recolhida e identificar padrões:

  • A concorrência utiliza sempre o mesmo arquétipo na sua comunicação?
  • A minha marca já tem tendência de utilizar um arquétipo em específico?
  • O que é que a minha audiência valoriza?

Depois disto, deves conjugar esta informação e responder à questão:

Dos 12 arquétipos de marca e olhando para este cruzamento, qual é o arquétipo que se enquadra na mensagem que pretendo transmitir?

Para facilitar esta resposta, imagina a tua marca como uma pessoa, atribuindo-lhe características de personalidade humana.

E podes identificar a tua marca em mais do que 1 arquétipo!

O aconselhado é não ultrapassar os 2 arquétipos de marca, para não dificultar a consistência, definindo o peso de cada um. Será 50/50? Ou 70/30? O que achares mais indicado.

E, claro: testar estes arquétipos

Fala com outras pessoas envolvidas na marca, fala com pessoas de confiança de fora que conheçam a marca e debate o arquétipo que escolheste.

Não te deixes apenas guiar pela tua visão: cada pessoa perceciona uma marca de forma diferente e as opiniões variem.

Se começar muito ruído, tenta perceber qual é o ponto comum em todas as opiniões e avalia outras opções. Não há uma opção certa – exceto quando já está a executar!

E, mesmo aí, podes sempre tentar variações e mudanças graduais.

Foca-te em dar vida à nova personalidade da tua marca – agora, com uma orientação maior do teu arquétipo.

Este é um dos passo da fase Humanize da framework SHARE. Para conseguires desenvolver uma estratégia de redes sociais sólida segue todos os passos do método SHARE, começando na fase Search.

Se já definiste a tua brand persona recorrendo aos arquétipos de marca, está na hora de definires o tom de voz da tua marca.

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