Da ideia ao Shark Tank Portugal

Qualquer empreendedor é assombrado com os casos de sucesso que lê sobre Silicon Valley onde nos transportam para um cenário do facilitismo ou até mesmo do sucesso instantâneo. Somos ainda mais assombrados com a ideia do facilitismo no acesso a investimento, sempre em grande escala e por grandes nomes da tecnologia. E ainda pela ideia do smart money como um factor de escolha, todos procuramos o smart money.

Aqui a nossa posição é simples, o investimento é smart quando nós fundadores o aplicarmos de uma forma inteligente. De outra forma este desaparece com o vento e sem qualquer retorno significativo.

Decidimos por isso arriscar e inscrever-nos no Shark Tank Portugal. Sabíamos que era uma decisão arriscada porque podia impulsionar ou matar de vez todas as nossas expectativas de sucesso.

Fizemos as 3 provas de seleção e fomos sempre alvo de feedback positivo até ao grande momento, o momento da gravação para a TV. De repente estávamos na porta do estúdio para entrar e ao caminhar só pensávamos numa coisa:

“Não podes pedir para pararem a gravação!”

O Shark Tank tem dois papéis enquanto programa de televisão que é. Como qualquer programa televisivo este pretende gerar audiências e toda a construção do programa é fundamentada nisso mesmo. Mas tem também a função fundamental de educar sobre o que é o empreendedorismo e passar uma mensagem clara de que todos temos a mesma oportunidade se arriscarmos e fizermos diferente.

Por maior que seja a preparação do empreendedor, por mais respostas bem articuladas que tenhamos sobre o negócio, do outro lado estão empresários que não precisam de perceber do negócio em concreto, a sua função e know-how é sobre negócios em geral e acima de tudo, como é que os negócios podem gerar dinheiro, ponto.

Por muito que achemos que sabemos tudo sobre o nosso negócio, eles sabem como é que os negócios se tornam exatamente isso: negócios, e quando devem ou não deixar de ser apenas ideias.

A preparação para o Shark Tank foi exaustiva, preparamos tudo. Perguntas e respostas, uma apresentação onde convidámos duas das Bloggers da nossa comunidade de Alfas a estarem presentes connosco e ainda, o mais importante, valores de negociação e contra propostas a efetuar.

Outra das nossas preocupações foi não apresentar o negócio como sendo o SwitchOnnetwork, mas tentar arranjar um nome mais comercial. E o que parecia fácil foi extremamente difícil: encontrar um nome com impacto e comercial. Foi aí que temporariamente criamos uma espécie de acrónimo da marca original e o SwitchOnNetwork passou a ser Swonnk.

Foi exatamente com este nome que nos apresentamos no Shark Tank Portugal e com o qual mergulhamos no Tank dos tubarões.

Pode rever aqui a nossa prestação no programa e qual a nossa decisão.

Fazem-nos muitas perguntas sobre como é o pós Shark Tank. A decisão não foi simples, mas o que acontece aos projetos após o programa vem demonstrar se a decisão foi a mais acertada ou não e aqui, achamos claramente que sim.

Foi esta passagem que nos permitiu iniciar esta jornada de uma forma séria com o Miguel Ribeiro Ferreira e que veio demonstrar a eficácia do Shark Tank Portugal. Mais do que isso demonstrou-nos também que, quando se trabalha com seriedade e muita vontade, as coisas acontecem. E nós somos prova disso!

Findo o programa, iniciaram-se as reuniões com o nosso investidor e rapidamente percebemos o posicionamento dele, o que nos motivou ainda mais: ter um investidor como sócio e não puramente investidor, trouxe-nos a certeza de que tínhamos tomado a decisão certa.

Swonkie nasce pós Shark Tank Portugal

Iniciadas as conversas e negociações com o nosso sócio, estava na hora de mostrar de uma forma mais estruturada ao nosso sócio qual a nossa visão para a nossa plataforma e para onde queríamos caminhar.

Surge também a discussão natural sobre qual o nome que íamos dar à nossa plataforma. SwitchOnNetwork foi onde tudo começou, o Swonnk surgiu como um diminutivo para o programa de televisão, mas e agora?

Na procura incessante pelo nome perfeito surgiram imensas ideias, com diferentes conjugações e com diferentes origens possíveis.

Depois de uma primeira selecção consensual dos nomes a escolher decidimos que nada seria mais justo do que colocar todos esses nomes em votação na nossa comunidade Alfa. Foi quando colocamos os nomes em votação que uma das nossas Alfa’s nos confidenciou que embora tivesse gostado de alguns dos nomes propostos, ela não queria deixar de ser uma “Swonkie”.

Swonkie? Existe? Não? Então aqui estamos nós: O Swonkie.

Desta forma não perdemos o ADN inicial da nossa marca, mantemos o Swonk e acrescentamos o “ie” para dar um pouco mais de sex appeal ao nome. Et voilà aqui está a história emblemática de como foi batizada a nossa plataforma.

Após a definição do novo conceito da marca, reorganizamos todo o nosso roadmap para o lançamento de uma nova plataforma.

Estávamos em junho e de repente eram 04:38 da manhã mas do dia 2 de Outubro e era lançada a primeira versão do novo Swonkie.

Este era o nosso primeiro Swonkie, completamente focado nos criadores de conteúdo, com especial foco nos Bloggers e toda a experiência da plataforma foi orientada nesse sentido.

Seguiram-se meses do hype que qualquer startup passa, entrevistas, primeiras reviews positivas de utilizadores, momentos de TV e acabamos o ano em grande com a difusão da nossa participação na TV do programa Shark Tank. Foi um grande momento de reconhecimento sobre o nosso trabalho.

Em Novembro de 2016 marcamos presença no primeiro Websummit em Portugal onde, como muitas outras Startups, estivemos presentes para lançar o nosso produto e aproveitar o foco dos media Portugueses, como a sic notícias, que nos possibilitou uma entrevista para uma audiência de mais de 1 milhão de pessoas, com a presença do 1º Ministro de Portugal, o António Costa.

Estávamos numa fase de reconhecimento, crescimento e melhorias mas sentíamos que faltava ainda algum indicador no Swonkie para obter a fórmula completa.

Quando iniciamos os primeiros testes no mercado para validar em concreto informação sobre a monetização da plataforma, percebemos a baixa taxa de intenção de pagamento face ao produto que tínhamos no momento.

Estávamos num mercado no qual 99% do nosso target via o seu Blog como um part-time e não teriam disponibilidade financeira de pagar um software mensalmente, e aí tínhamos dois caminhos: Continuar ou Mudar.

Escolhemos o segundo.

A nossa história (Parte I): Nascimento de uma ideia e de uma Equipa

A nossa história (Parte III): Lançamento da versão Premium do Swonkie